Adote um amor incondicional

Adotar um animalzinho de estimação é uma decisão séria que deve ser tomada com muita cautela, pois o amor de um animal não é descartável e, sim, incondicional.

Desde que me conheço por gente, sempre tive cachorro, vira-latas e de raça. Em minha família, gostamos de adotar; já recolhemos os que estavam abandonados na rua, outras vezes, acolhemos filhotes de cachorros de amigos e até mesmo de abrigos de animais.

No meu baú de memórias, tenho maravilhosas recordações de cada um deles, com suas personalidades únicas e maneira excepcional de demonstrar amor. Sempre foram tratados como membros da família, e assim deve ser.

Adotar um animalzinho de estimação vai muito além de você o retirar da rua e dar abrigo, você tem de dar a ele um lar, que significa espaço, conforto, comida, cuidados médicos, carinho e atenção. Cuidar deles pode ser caro e por ser uma decisão muito séria, já que vai afetar o seu bolso e sua rotina por muito anos, é necessário se preparar, pois estará nas suas mãos, ou nas de sua família, a responsabilidade de cuidar de uma vida.

Segundo o site da Shelter Animals Count, a cada ano, aproximadamente 6,5 milhões de animais de companhia entram em abrigos de animais nos Estados Unidos, 3,2 milhões são adotados e outros 1,5 milhão sacrificados. Um número alarmante que poderia ser reduzido se a pessoa soubesse a responsabilidade que é adotar um amiguinho de quatro patas. Essa situação ocorre em dezenas de outros países mundo afora.

Danilo Manha, presidente da Associação Vidanimal (AVA), que atua há 15 anos na proteção animal no Brasil, e é coautor da Lei 12.916/2008 que proibiu a matança nas carrocinhas do estado de São Paulo, alerta sobre as responsabilidades de quem adota um animal de estimação no Brasil: “Quem quer adotar um animal deve procurar o Centro de Controle de Zoonozes das prefeituras ou as ONGs que intermediam a adoção. Os animais são castrados e microchipados. Ao adotar um animal, a pessoa se torna responsável legal pelo mesmo e abandono é crime”.

Abra seu coração para um novo membro na sua família, mas esteja conscientes de todas as responsabilidades. A seguir, confira uma lista do que é importante considerar antes, durante e depois de adotar um animalzinho, ela foi preparada por Danilo.

Abra seu coração e adote com consciência:

• Ao escolher seu novo amigo, leve em conta o temperamento dele e veja se ele se adaptará à sua casa;
• Evite um animal com muita energia se você mora em apartamento, por exemplo. No caso de filhotes, talvez você precise de paciência para educá-los;
• Adote um animal já castrado, ou comprometa-se a castrá-lo assim que ele chegar na idade. Isso é muito, MUITO importante! Afinal, uma gatinha ou cachorrinha não castradas podem gerar, por meio de seus descendentes, centenas de animais que não terão um lar;
• Tenha em mente que você precisará de dinheiro não só para ração e vacinas, mas também poderá gastar com tratamento para eventuais problemas de saúde;
• Assim como as pessoas, um animal também pode ficar doente ou velhinho. É nesses momentos que ele mais precisará da sua atenção e cuidados;
• Cães e gatos podem viver 15 anos ou mais e você será responsável por cuidar dele durante todo esse tempo;
• Todos os moradores da casa devem estar de acordo com a adoção. Isso ajuda a evitar que seu amigo seja maltratado ou mesmo abandonado;
• Animais não são brinquedo. Eles têm sentimentos e precisam de cuidados e atenção constantes. Se você não está disposto a ter paciência e dedicar boa parte do seu tempo a ele, compre um bicho de pelúcia;
• Se você passa muito tempo fora de casa, que tal adotar logo dois? O trabalho é quase o mesmo, e tem a vantagem de que eles fazem companhia um ao outro na sua ausência;
• NUNCA abandone um animal. Tanto os cães quanto os gatos se apegam aos seus donos e, muitas vezes, entram em profunda depressão ao serem rejeitados.